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O CRESCIMENTO DO MERCADO DE SEGURO DE VIDA

Há, finalmente, um horizonte visível. Valeu a pena o empenho dos corretores, entidades e as próprias companhias para que o seguro de vida saísse do “traço”, ou seja, deixasse de representar um percentual simbólico de apenas 5% da população segurada. Nas últimas décadas, a indústria iniciou um processo de conscientização dos consumidores, situação potencializada com a pandemia da covid-19. Aliás, a disseminação do coronavírus despertou nos brasileiros a percepção de que era preciso proteger a si próprio e sua família. A recente tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul também evidenciou ao cidadão a necessidade de ter um instrumento de proteção em momentos mais críticos.

“Continuaremos trabalhando no aumento da conscientização da importância da proteção à renda das famílias”, destaca Edson Franco, presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi). O dirigente está bem otimista. A entidade se apoia em dados recentes da Superintendência de Seguros Privados (Susep), em seu relatório Síntese Mensal, com dados do setor de seguros relativos ao mês de abril. Nos seguros de pessoas, o seguro de vida somou, naquele mês, o montante acumulado de R$ 10,82 bilhões, valor que representa um crescimento de 17,4% em relação ao mesmo quadrimestre de 2023.

Em anúncio oficial, Edson Franco enfatizou o compromisso do setor em não apenas aumentar o número de famílias protegidas, mas propor aos players a oferta e o desenho de produtos que objetivam preservar a renda a todos as categorias de consumidores. Hoje, os destaques vão para seguros com crescimento significativo, como Funeral (32,2%), Vida Individual (29,4%) e Acidentes Pessoais (21,5%). “É importante reforçar o volume de indenizações de R$ 3,7 bilhões pagos para a sociedade somente neste primeiro trimestre. Esse valor dá suporte às famílias em momentos muito difíceis, como é o evento da morte de um familiar, doença, um acidente, entre outros”, reforça Franco. Embora os números sejam, de fato, animadores, há ainda um longo caminho a ser percorrido. Dados recentes alertam para uma urgência: cerca de 64 milhões de brasileiros não possuem seguro de vida. E muitos deles jamais receberam a oferta de um produto de proteção.

Especialistas e as próprias seguradoras consideram a urgência de ampliar o número de beneficiários neste contexto. Um contínuo processo de modernização do setor talvez seja a melhor saída, ou seja, o investimento contínuo em tecnologia visando não apenas ao lucro, mas um sistema de proteção para grandes fatias da sociedade. Em suma, o seguro de vida continuará em expansão quando se tornar efetivamente uma verdadeira ferramenta de inclusão social.

Seguros empresariais

Se é uma verdade indiscutível que o seguro de vida atrai cada vez mais pessoas, os seguros empresariais vão consolidando a sua participação no rol de benefícios aos seus colaboradores. Um indicador preciso deste fenômeno é o “Guia Salarial 2024 da Robert Half”. Entre junho e julho de 2023, a empresa encomendou uma pesquisa com 1500 entrevistados usando uma metodologia de coleta de dados online. Os entrevistados representam 500 empregadores e mil colaboradores de vários departamentos.

No item “Seguros e Previdência Privada”, o seguro de vida coletivo é oferecido por 66% das corporações no Brasil, perdendo apenas para os planos de saúde (77%) e à frente da previdência privada (58%). Em relação a 2022, o percentual da oferta de seguros de vida mais que dobrou – antes eram apenas 30%. Na visão dos pesquisadores, as organizações têm explorado estratégias alternativas para ajudar a criar um ambiente de trabalho positivo que não apenas atraia candidatos, mas retenha os funcionários atuais.

“O seguro de vida coletivo é fundamental em determinadas atividades para preservar o colaborador numa atividade de risco, como na construção civil”, observa Nelson Uzêda, superintendente executivo da Companhia Excelsior de Seguros. Uzêda destaca o caso de empresas terceirizadas na oferta do produto. “É possível englobar um grupo de funcionários numa única apólice. Isso é bom para as seguradoras porque fortalece o volume de prêmios e pode oferecer um mix de coberturas diferenciadas”, reforça. Segundo especialistas, o seguro de vida coletivo é quase uma praxe nos acordos entre sindicados e trabalhadores em suas mais diversas categorias. Todas as entidades sindicais solicitam a inclusão do benefício nas convenções coletivas. Esta exigência faz o mercado crescer e integra a gestão de recursos humanos nas empresas. O seguro de vida corporativo é um formidável instrumento de retenção de talentos. Além disso, as empresas liberam as reservas aos profissionais que buscam outras oportunidades no mercado.

E mais: segundo Nelson Uzêda, uma apólice coletiva possui custos menores, o que propicia aos colaboradores desfrutar de um seguro com valor mais acessível. A constatação mais imediata é o benefício contribuir para o aumento da produtividade. A proteção financeira para empregados, executivos e também para os sócios traz uma atmosfera de tranquilidade no sentido de garantir o cumprimento das metas e objetivos organizacionais, sejam quais forem as atividades da empresa.

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